O projeto conseguiu acompanhar e documentar algumas operações de comercialização de madeira manejada, dentro as quais as seguintes:

§      Comercialização de madeira dos PMFC da RDS Mamirauá

A comercialização da madeira oriunda dos PMFC da RDS Mamirauá é realizada por meio da organização anual de rodadas de negócios, onde os representantes das 28 associações de manejadores e os compradores negociam contratos de compra / venda de madeira em tora. A equipe do projeto participou das rodadas de negócio de 2006, 2007 e 2008.  A partir de 2008, uma técnica do projeto baseada em Tefé acompanhou o processo inteiro desde a preparacão da rodada. Foram comercializados em torno de 6000 m3 por ano a preços entre R$35 e R$60 por m3 (madeiras brancas de várzea).  

§      Comercialização de madeira dos PMFSPE no mercado local de Carauarí

Em Carauarí, os detentores dos PMFSPE e os moveleiros do município fazem parte de uma mesma associação (AMEC). Eles negociam a cada ano uma planilha de preços indicativos da madeira serrada (motosserra) para as operações de compra/venda entre extratores e moveleiros. Essas vendas representam em torno de 1000 m3 por ano, a preços entre R$200 e R$300 por m3 (mulateiro, massaranduba...).

§      Comercialização de madeira dos PMFSPE de Carauarí para Manaus

Em Carauarí, o projeto acompanhou em 2006 e 2007 uma operação comercial de 100 m3 de massaranduba serrado em pranchas (motosserra e beneficiamento) entre 2 detentores de PMFSPE da AMEC e a MBP, comprador baseado em Manaus quem exporta para Espanha e Portugal. O preço acordado foi de R$500 por m3 (massaranduba).

§      Comercialização de madeira dos PMFSPE do Alto Solimões

No Alto Solimões, a maioria dos detentores de PMFSPE são muito ligados e dependentes das serrarias de Benjamin Constant, organizadas na AMRAS (e futuramente na COPFAS). Quando tiverem licenças de operação em tempo, eles comercializaçãm em torno de 6.000 m3 de madeira beneficiada por ano, vendido à compradores de fora do município a preços entre R$600 e R$1000 por m3 (principalmente cedro). Os detentores de PMFSPE da AMRAS sufriram de demoras e cancelamentos de licenças de operação.   

§      Comercialização de madeira certificada do PMFC da ACAF (BVR)

Em BVR, a Associação Comunitária Agrícola e de extração de produtos da Floresta – ACAF comercializa madeira em prancha (serraria portátil) do seu PMFC certificado (FSC).  A ACAF consegue negociar e realizar vendas com compradores externos (Manaus, São Paulo...) a preços atrativos, acima de R$900 por m3. A ACAF comercializa em torno de 100 m3 por ano (jatoba, sucupira, louro, ipê...).

§      Comercialização de madeira dos PMFSPE da AAMFC (BVR)

Cinco detentores de PMFSPE da AAMFC, no rio Curuça (BVR) chegaram a realizar as suas primeiras vendas de madeira em prancha (motosserra) no final do ano 2008, após recepção das licenças de operação (LO). Eles conseguiram vender 25 m3 de madeira a preços entre R$250 e R$400 por m3 (cupiuba, massaranduba, louro, muiracatiara),.

§      Teste de comercialização em torno da produção de camas (ver 2.3.2)

O projeto acompanhou e apoiou diretamente a compra da madeira por parte dos moveleiros das 4 associações (nos 3 pólos) para a produção das camas promovidas na atividade 2.3.2. Isso foi feito em duas ocasiões:

o   para o treinamento da fabricação das camas (1 a 2 m3 serrados por associação),

o   para a produção piloto (en torno de 5 m3 serrados por associação).